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O primeiro aplicativo da nossa lista é 100% brasileiro e o único oficialmente recomendado pela Sociedade Brasileira de Diabetes — ou seja, já começa com um currículo deveras atraente. Felizmente, o Glic vai muito além disso: da sua interface bem pensada à quantidade bastante satisfatória de recursos, ele vai bem em todos os aspectos levados em conta na montagem dessa seleção.

Não é nenhum exagero dizer que a vida de uma pessoa diabética melhorou significativamente ao longo dos últimos 50 anos. Claro, esse é quase um não-fato: qualquer pessoa portadora de uma condição ou doença viu sua qualidade de vida melhorar ao longo do tempo, por conta do (absolutamente esperado) desenvolvimento tecnológico e científico.

Os diabéticos, entretanto, têm uma espécie de vantagem em relação aos pacientes de outras doenças: por apresentarem uma condição incurável e que afeta uma parcela significativa da população mundial (só no Brasil, são cerca de 16 milhões de pessoas adultas, segundo a Organização Mundial da Saúde), as pesquisas e invenções destinadas a diabéticos têm sido muito frequentes ao longo do último meio século.

Seguindo esta linha e raciocínio, podemos falar do grande símbolo da era contemporânea: os smartphones e, naturalmente, os aplicativos que os compõem. É claro que nenhum app fará o trabalho, por exemplo, de um medidor de glicemia dedicado, mas vários deles trazem recursos e ideias muito úteis para que pessoas diabéticas possam ter uma vida ainda melhor, administrando seus níveis de glicose, regulando a alimentação, recebendo alertas para medições ou injeções e até mesmo dicas de profissionais conectados.

Glic

A configuração inicial do app exige um pequeno cadastro e transcrição da prescrição médica; a partir daí, basta informar o seu índice glicêmico no site para um cálculo automático da dose de correção. Informando os alimentos que você ingere ao longo do dia (há um catálogo com mais de 1.500 opções e suas respectivas informações nutricionais), o Glic produz um relatório completo com gráficos de glicemia diários, contagem de carboidratos e muito mais. Há ainda um alerta de hipoglicemia para os momentos em que for necessária uma aplicação extra.

É bem verdade que a interface do app não é a mais elegante ou funcional de todos os aqui selecionados, mas esse aspecto não chega a comprometer o seu funcionamento — e os recursos trazidos pelo Glic, bem como seu total conforto em meio a pacientes brasileiros (o que é normal, considerando que ele foi desenvolvido por aqui), mais do que compensam esse possível ponto negativo.

O Glic é totalmente gratuito (outro ponto extremamente positivo) e está disponível em versões para iOS e para Android.